O que eu não quero levar comigo para 2021 (2024)

O primeiro passo da organização, segundo ométodo do Vida Organizada, édestralhar. Destralhar significa tirar da sua vida aquilo que não faz mais sentido para você, mantendo o que tem significado. É um exercício constante de reavaliar pensamentos, sentimentos, atividades, projetos e até mesmo situações.

Faz parte desse planejamento para o ano que vem, então, a gente parar para pensar um pouco na vida e ser honesto consigo mesmo sobre o que vale a pena ir com a gente para 2021 e o que vale a pena deixar para trás em 2020.

Esse exercício diz respeito a tudo aquilo que para mim “já deu” e que não quero levar para o ano novo. Quero tomar o último banho do ano dia 31/12 dizendo adeus a todas essas coisas. Por mais que se leve tempo para me desfazer ou me desgrudar delas, mentalmente já faço essa separação, e isso é importante porque muda completamente a maneira de lidar com as coisas, especialmente no que diz respeito ao apego.

O foco está no mindset de saber o que é o certo a ser feito. Onde eu já aloquei recursos demais e não está me trazendo tanto resultado, ou está apenas me desgastando. Tudo porque, quando a gente diz SIM para alguma coisa, já que a gente não pode fazer tudo ao mesmo tempo, acaba dizendo NÃO para outras que talvez fossem mais importantes. Essa análise então é essencial porque, se a gente não fizer, vai continuar alimentando frustrações e o objetivo da vida é ser feliz, certo?

O que eu não quero levar comigo para 2021 (1)

Eu não posso postar tudo em detalhes aqui porque, como você deve imaginar, algumas decisões são muito íntimas e pessoais.

Três delas dizem respeito a escolhas profissionais e parcerias. Tenho um foco claro para o meu negócio e, assim, algumas parcerias, serviços e produtos não fazem mais sentido focar energia e recursos como um todo.

Outra diz respeito a um público que também não é interessante para mim, nesse momento, levar meus esforços de produção. Esse tipo de decisão vem de anos de experiência, testes, resultados, análises. Se tem algo que me orgulho no momento é do meu foco apurado neste momento. Está claro para mim o trabalho que devo fazer.

Um ponto pessoal é sobre relacionamentos. Por eu ser assim essa pessoa organizada, que gosta de fazer planos, é comum eu querer ajudar outras pessoas que, muitas vezes, não querem ser ajudadas. Eu acho que estou fazendo algum bem mas, se a pessoa não está afim, temos duas questões: 1) a pessoa pode se sentir pressionada a fazer algo que ela não queira e 2) eu aloco recursos meus em coisas que eu poderia estar alocando a outras prioridades. Minha decisão é deixar em 2020 essa atitude. Se a pessoa quiser minha ajuda, estarei por aqui. Mas eu não vou ficar tentando consertar o que parece quebrado para mim mas não parece quebrado para os outros. Ponto.

Ainda sobre pessoas, eu este ano (e nos anos anteriores), muitas vezes, fiquei esperando os outros fazerem algumas coisas. Sabe o “dar tempo à pessoa”? Tento pessoal quanto profissionalmente. Funcionava assim: eu tenho algo que precisa ser feito, a pessoa assume a responsabilidade, mas demora demais ou não faz do jeito que eu preciso que seja feito. Eu passei meeeeeses esperando a situação se resolver e, em muitos casos, não se resolveu. Então, para 2021, eu não quero levar esse tipo de expectativa perante coisas que não estejam funcionando. Claro que precisamos dar tempo para que alguns processos se ajeitem, mas muitas deixam claro desde o início que não vão funcionar, então é necessário mudar o quanto antes.

Tudo isso que estou falando diz respeito ao meu bordão do “não é possível organizar tralha”. É todo um trabalho interno para definir o que é tralha para depois efetivamente se livrar dela. É um processo difícil, mas necessário. Aqui em casa eu fiquei com vontade de me livrar de muito mais coisas também. O confinamento da pandemia me deu necessidade de espaço, de respiro, de amplitude. Muitas coisas não passarão por esse destralhamento do que quero deixar em 2020.

O que eu não quero levar comigo para 2021 (2)

É claro que algumas coisas não podem ser simplesmente abandonadas. Leva tempo para a gente se desfazer. Mas a ideia aqui é justamente identificar e dar o primeiro passo. Ter uma vida organizada significa levar uma vida coerente com os seus valores, com o seu propósito, de modo que eles se reflitam em tudo o que você faz. E, aquilo que não tem nada a ver, pode ser interessante a gente reavaliar e ver se vale a pena manter.

Pare então e pense nos seus últimos meses, tanto em nível pessoal quanto profissional.

  • O que você não aguenta mais?
  • Qual é o maior problema da sua vida atualmente?
  • O que tem te causado mais preocupação?
  • Que pessoas você não quer mais que façam parte da sua vida?
  • Que problemas de saúde você não quer mais ter?
  • Que problemas em casa você não aguenta mais?
  • Que problemas no trabalho você não consegue mais suportar?
  • Que projetos não fazem mais sentido?
  • Queprocessos na sua rotina poderiam ser melhorados?

Tem situações que realmente já deram o que tinham que dar, mas mesmo assim você as suporta, ou carrega, duranteANOS, sem dar o primeiro passo para a mudança. Pode ajudar passar as respostas das perguntas acima para o papel, porque escrever ajuda a refletir. E, com esse papel, analise item a item, perguntando o que seria necessário para tirar aquilo da sua mente. O que você efetivamente pode fazer? Qual sua próxima ação?

Alguns exemplos: projetos que não têm mais nada a ver, sobrecarga no trabalho, abuso moral e físico, desânimo, casa cheia de tralha, amizades duvidosas, saúde se deteriorando, dívidas, problemas de sempre. Nada disso desaparece por acaso. Você precisa ter um plano de ação e o primeiro é identificá-los.

Muita coisa você pode simplesmente fazer imediatamente. Uma amizade que não te faz bem pode simplesmente significar cortar relações com a pessoa. Uma mudança de emprego, no entanto, é algo um pouco mais complexo, mas você precisa começar de algum lugar. Defina a primeira coisa, o primeiro passo, e execute-o. Depois, defina outro passo. E assim vai. O que não dá é para ficar parado(a), esperando se resolver, adiando sua felicidade.

Se você tiver sentimentos que pretende deixar em 2020, pergunte-se o que é suficiente para fazer você deixá-los para trás efetivamente. E deixe que eles fiquem mesmo para trás. Você não precisa pensar duas vezes em uma mesma coisa, a não ser que você goste de pensar naquilo. Existe uma máxima budista que diz: se um problema tem solução, então não precisa se preocupar; se não tem, não precisa se preocupar também (apenas busque a solução).

Pare de adiar a sua felicidade. A organização serve justamente para termos mais qualidade de vida, e a qualidade de vida depende essencialmente da qualidade que você atribui a ela. Não é algo que acontece por acaso. Destralhe sua vida, sua casa, suas contas, seus projetos. Mantenha aquilo que faz sentido, que te deixa feliz, que te dá o sentimento de que a sua vida está seguindo adiante, para onde você quer.

“Ah, mas não é tão simples”. Algumas coisas são, outras não. Mas você precisa começar.

Deixe em 2020 o que “já deu”. Temos algumas semanas para providenciar e ir deixando isso pra trás. 2021 é um novo ano. Aproveite para deixar para trás aquilo que definitivamente não precisa mais estar com você.

O que eu não quero levar comigo para 2021 (2024)

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